Cancão da quase morte.
Posted: domingo, 9 de setembro de 2012 by Paraíba in
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O
tempo silenciou a minha revolução,
Tirou
a pólvora do meu rifle,
Calor
o meu discurso.
Tenho
em mim um Bento Ivo
Louco
por berrar até o saltar das veias.
Mas
não salta. Não berra.
Nos
anos 2000.
Amarelo
pisca nos olhos do robô
Engrenagens
giram ao óleo natural
Lustram
a máquina, lustram o futuro.
Só
não lustram a vida.
Bonita
é esta retrospectiva
Esta
era dos livros de história,
Onde
mesmo os erros dos brutos
Ficam
belos aos olhos nostálgicos.
Acabou-se
o complexo de vira lata.
Reinou
o complexo geriátrico.
Quero
a revolução agitada.
A
revolução do celular.
A
revolução sem antiquário nem móvel antigo.
A
revolução musicada.
A
revolução que não toma antidepressivos
Aos
treze anos de idade.