As cartas.

Posted: domingo, 2 de setembro de 2012 by Paraíba in
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Tu que desfilas sob os holofotes
de peito aberto, vento no abdome.
Mas tu não és livre.

Não farão estátuas para ti,
nem darás teu nome à cidades,
que hão de ser saqueadas
pelos bandidos de terno.

Só te sobrarão as cartas,
que receberás cada vez menos
na medida que envelheces.

E também os cheques perderão os fundos.
Serão o fim do teu poço infinito.

E quando chorares lágrimas sinceras
Nas cartas de amor falso,
lembrarás do passado, tão errado.

Lembrarás que nada foi.

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